Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário realizados pela empresa Águas de Manaus não têm sido efetivamente monitorados. Trata-se de uma violação do contrato de concessão, que prevê uma fiscalização rigorosa dos serviços concedidos à iniciativa privada. Esta é uma das conclusões formuladas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tão somente confirma as observações e críticas da população e organizações que lutam pelo direito à água em Manaus. A privatização desses serviços, que ocorreu há 23 anos, prometeu resolver os problemas da água e esgoto em Manaus e gerou grandes expectativas na população local. O contrato de concessão, firmado pelo poder municipal em julho de 2000, prevê que hoje teríamos um índice de 98% da população com o abastecimento de água, obedecendo aos critérios de qualidade, fornecimento regular (24 horas por dia) e tarifas acessíveis para toda a população. Eis o cenário que justificou a privatização e a tornou aceitável para a cidade.