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Fórum Ambiental de Recursos Hídricos - Justiça Hídrica

 JUSTIÇA HÍDRICA

No dia 16 de maio, o Ministério Público do Amazonas sediou o Fórum Ambiental de Recursos Hídricos – Justiça Hídrica. O evento contou com a participação de especialistas da área e movimentos da sociedade civil. A UFAM representada por um projeto de Iniciação Científica, com apoio do Ministério Público do Estado do Amazonas, expõe temas que suscitam a discussão técnica sobre o direito dos cidadãos à água de boa qualidade e dos fatores geográficos socioambientais dos corpos d’água da Cidade de Manaus, apontando a necessidade da formação de uma consciência pública interdisciplinar na Seara Ambiental. 

REPRESENTANTES DE ENTIDADES SE MANIFESTARAM SOBRE O EVENTO

Depoimento de Neila Gomes – Movimento Nacional de Luta pela Moradia e Fórum das Águas de Manaus:

Louvável e nos enche de esperança essa iniciativa da Universidade Federal do Amazonos, que envolveu doutores da Igreja Católica e instância\arranjos institucionais\atores no MPE UEA... em favor da justiça ambiental biocêntrica. Doutores da UEA, da UFAM, da Igreja Católica, do Ministério Público Estadual... ao discorrerem dentro das suas especialidades, foram unanimes em denunciar a ação irracional na depredação do meio ambiente, face ao desplanejamento dos governos que se sucedem, que ficam reféns da imposição do poder econômico.

Entre tantos estudos científicos expressos nas palestras, nos chama atenção:

- Nem mesmo a CPI das Águas de Manaus, na sua terceira versão, mesmo denunciando várias atrocidades que depõem contra essa concessão\privatização, mesmo assim os prefeitos que se sucedem defenderam ou defendem a permanência da concessionária;

- Nos complexos hídricos\bacias e alguns pontos do Rio Negro e do Rio Amazonas tem uma crescente contaminação e poluição, que compromete não somente a vida humana, mas todas formas de vida. A UEA conquistou uma estrutura em equipamentos de alta tecnologia de pesquisas apropriados para pesquisas químicas e biológicas, que monitoram as águas desses bacias,  e trás dados alarmantes da estupenda poluição  dos corpos dágua dessa região que se multiplicam ano  a ano. Detalhou os graus de contaminação, inclusive  em relação a ocupação desenfreada  por flutuantes, sobretudo na bahia do Tarumã;

- Outro ponto relativo a poluição por resíduos sólidos que se acumulam e compactuam e vão precarizando as geologias desses Igarapés, enfatizado esse fenomeno no  Igarapé do 40, no Educandos;

Um dos caminhos para a justiça ambiental hídrica,  tem nas áreas de proteção ambiental como referencial na proteção das nascentes . Na nossa legislação, espécies como o Sauim de coleira afirmam áreas de seu convívio como áreas de proteção ambiental, assim sendo quanto mais áreas de proteção ambiental, mais nascentes protegidas teremos.

Depoimento de Mercy  Soares – Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental e Fórum das águas de Manaus:

Em dois momentos eu fiquei mega emocionada, me derramando em lágrimas ao ouvir dois grandes profetas das águas, Dom Leonardo e Pe. Sandoval falarem no púlpito de abertura do Fórum. Profetas, na minha opinião, pois sem medo, anunciaram a verdade, denunciaram as injustiças hídricas em Manaus  e suscitaram mudanças possíveis e criativas para que se chegue a universalização da "irmã água", como D.Leonardo citou frase de São Francisco, ás periferias onde vivem a grande maioria dos povos em vulnerabilidade social. Emociona ouvir palavras de amor pelas causas sociais, ecoando a voz daqueles que não tem voz e nem vez.

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