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Mostrando postagens de junho, 2024

Preservar igarapés deve ser política pública, defende especialista

MANAUS — O lixo urbano despejado nos igarapés de Manaus persiste há anos. Historicamente, esses locais nunca foram preservados e respeitados, firma Sandoval Alves Rocha, doutor em ciências sociais e pesquisador da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica). Ele atribui a poluição dos igarapés em Manaus à falta de políticas públicas eficazes. “Os igarapés, historicamente falando, nunca foram respeitados, nunca foram preservados. Ao contrário, os igarapés, na história da cidade, sempre foram tidos como algo que atrapalhava o crescimento, que atrapalhava o desenvolvimento. Então, sempre foram tidos como algo a ser eliminado, a ser exterminado”, afirma Sandoval. A limpeza e manejo dos igarapés estão incluídas no novo Plano Municipal de Saneamento do Município, que tem quatro diretrizes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Segundo o especialista, a falta de cuidado com os igarapés começa c

Águas de Manaus suga dos pobres até a última moeda

Associados ao Fórum das Águas do Amazonas e a organização Habitat para a Humanidade, diversos movimentos ambientais e lideranças comunitárias visitaram comunidades da periferia de Manaus, identificando situações de precariedade ou a total ausência dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na capital amazonense. As visitas e atividades ocorreram no corrente mês, sendo concluídas no Dia do Meio Ambiente, agregando sabor e rebeldia às manifestações populares. Participaram da empreitada os seguintes coletivos: Articulação de Mulheres do Amazonas, Articulação Amazônica dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana, Associação de Moradia Ana Oliveira, Central de Movimentos Populares, Equipe Itinerante, Faculdade de Informação e Comunicação (UFAM), Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas, Maloca Digital, Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (UFAM), Instituto IAÇU, Instituto Sumaúma, Movimento Nacional de Luta p

Organizações denunciam junto ao CNDDHH violações dos direitos humanos na Amazônia

O Fórum das Águas do Amazonas apresentou ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos denuncias sobre a violação dos direitos á água e ao saneamento na cidade de Manaus. As denúncias foram realizadas no dia 10 de junho, na sede da Central Única dos Trabalhadores em Manaus, contando com a participação de outras organizações que lutam pela defesa da dignidade humana na Amazônia. A Rede Um Grito pela Vida denunciou a prática do tráfico de pessoas que é uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos, atingindo globalmente milhares de vítimas, cujos direitos fundamentais são enormemente violados. Os direitos à água e aos saneamento foram reconhecidos pela Organização das Nações Unidas em 2010, visando mobilizar as sociedades para resolver os problemas da falta de água potável e dos serviços de esgotamento sanitário em muitos países. Infelizmente, a Amazônia é a região brasileira onde tais direitos são mais violados, pois os poderes públicos locais não investem na ampliação desses

Manaus, uma cidade abandonada

Nos dias 3, 4 e 5 de junho, o Fórum das Águas do Amazonas e a organização Habitat para a Humanidade realizaram um conjunto de atividades que trouxeram à tona a realidade dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na cidade de Manaus. As atividades incluíam visitas a diversos bairros da cidade e audiência pública na ALEAM, com convocação dos poderes públicos fiscalizadores dos sistemas de água e esgoto. A empreitada terminou no dia 5 de junho, Dia do Meio Ambiente, com a realização de oficinas e palestras sobre a gestão dos recursos hídricos na capital amazonense. O evento mobilizou vários movimentos sociais locais, além de representantes de comunidades e organizações dos bairros. Os atores presentes durante as atividades expressaram sua indignação pela situação precária vivida nas comunidades, não somente no que diz respeito ao saneamento, mas também outros serviços básicos como moradia, educação, saúde, trabalho e transporte. Os comunitários foram unânimes em dest

Campanha Amazônia Tem Sede se solidariza com povos indígenas

No dia 06 de junho, representantes do Núcleo Apostólico dos Jesuítas de Manaus realizaram mais uma entrega de “kits de água” aos indígenas que sofrem com a precariedade dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Manaus. A Campanha Amazônia Tem Sede foi iniciada no ano passado, 2023, quando a Amazônia passava por severa seca que afetou os rios da região com histórico rebaixamento das águas provocado pelas mudanças climáticas. A seca atingiu diretamente 630 mil pessoas, colocando em risco a subsistência da população. Na região que tem mais água no planeta, diversas cidades ribeirinhas ficaram isoladas sem condições de deslocamento e interação com outras localidades. As famílias foram também afetadas pela falta de água potável, alimentação e outros serviços básicos. Naquela época, a Campanha beneficiou famílias ribeirinhas do Rio Tarumã-Açu. Na última semana, a Campanha Amazônia Tem Sede foi finalizada junto ao Parque das Tribos, bairro indígena que possui 950 fam