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Mostrando postagens de agosto, 2023

A poluição hídrica na Amazônia

  O dia 14 de agosto é dedicado à reflexão sobre o problema da poluição, incentivando iniciativas individuais, coletivas e governamentais que venham abolir essa prática tão corriqueira entre nós. A Amazônia, com sua gigantesca biodiversidade cultural e biológica, também sofre com essa agressão. Muitos são os tipos de poluição presentes neste território, entre elas a poluição hídrica. A poluição hídrica é aquela que afeta os corpos d’água, provocando alterações químicas, físicas e biológicas. Esse tipo de poluição é grave e é um dos motivos pelos quais muitos locais enfrentam crises de abastecimento. Além de limitar o acesso à água de qualidade, essa poluição desencadeia várias doenças, tais como diarreia, cólera e febre tifoide. Essa prática torna-se cada vez mais frequente na Amazônia. Portadora de grandes reservatórios de água doce, a Amazônia tem sido impactada intensamente com a poluição hídrica. Diversos rios amazônicos sofrem cada vez mais com o aumento do garimpo ilegal, res

A Declaração de Belém e o direito à água na Amazônia

A Declaração de Belém, assinada pelos presidentes dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – reforçou a necessidade de assegurar o direito humano à água potável e ao saneamento, o equilíbrio e a harmonia com os ecossistemas ligados à água. Para alcançar esse objetivo e os outros ligados à gestão dos recursos hídricos é necessário investir esforços na articulação entre os diversos países da OTCA. Entre as propostas apresentadas destaca-se a criação da Rede Amazônica de Autoridades de Água (RADA), que tem como objetivo ser um espaço permanente de participação e coordenação para ampliar o diálogo, o intercâmbio e a cooperação na gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Rio Amazonas, aliada à proteção da biodiversidade e à segurança hídrica dos povos amazônicos. Mesmo possuindo um gigantesco reservatório hídrico, as populações amazônicas sofrem com a falt

A falta de saneamento reforça o genocídio indígena

O Conselho Indígena Missionário – CIMI apresentou à sociedade o relatório Violência contra os Povos Indígenas com dados de 2022, mostrando as agressões que essas populações têm sofrido ao longo dos últimos anos. O documento fornece informações impactantes, trazendo à tona a política genocida implantada no Brasil, sobretudo no último quadriênio. Em um dos textos que compõe o relatório Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do CIMI, denuncia a articulação de um movimento no interior do Governo Bolsonaro, que tinha a clara intenção de exterminar pessoas, comunidades e povos originários.   Para o clérigo, nos últimos anos, a perversidade foi alimentada por discursos de governantes e por medidas que promoviam os crimes, dando a eles ares de legitimidade. O que mais causou asco e indignação, segundo Paloschi, foi perceber a satisfação dos agressores naquilo que se fazia contra os povos indígenas. Nada os continha; ao contrário. Aqueles que deveriam agir e pôr fim