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Pela reabertura do Parque Estadual Sumaúma!!!

O dia 5 de setembro, o Dia da Amazônia, foi um dia de protesto em Manaus. Logo pela manhã, um grupo de movimentos socioambientais se reuniu na Praça Padre Pedro Vignola, no coração do bairro Cidade Nova (zona leste), para reivindicar a reabertura do Parque Estadual Sumaúma. As reivindicações visam aproximar a população da mencionada reserva ecológica, ensejando a ampliação da consciência ambiental e a implantação de políticas públicas de proteção às florestas urbanas.

A manifestação saiu em caminhada ao longo da Avenida Noel Nutels finalizando na entrada do Parque Sumaúma, com palestras dos representantes das organizações presentes. Durante o trajeto, os manifestantes se dirigiam aos motoristas e transeuntes, recebendo o apoio de todos que ouviam as reivindicações. A reabertura e a gestão adequada do Parque Sumaúma são imprescindíveis para que possamos sonhar com uma cidade sustentável visto que uma vida urbana saudável não pode acontecer sem a devida conservação da natureza, a arborização e o cuidado das águas.

Juntamente com o Instituto Sumaúma e outras organizações do evento, o Fórum das Águas do Amazonas destacou a importância da reabertura e do cuidado com o Parque Sumaúma, uma vez que ele abriga fontes de águas e uma biodiversidade regional necessária para o equilíbrio ecossistêmico. O coletivo também demonstrou indignação com o lixo jogado na localidade. A preservação destes espaços é importante em épocas de agressões à natureza como queimadas e poluição das águas.

O padre Sandoval Rocha, Jesuíta, também se referiu à Carta do Papa Francisco Laudato Si, que aborda a necessidade de uma mudança de mentalidade na sociedade, pois atualmente vigora um forte antropocentrismo que nos impede de ver a importância de todas as formas de vida existentes no planeta. A crise climática que se manifesta nas altas temperaturas, nas estiagens prolongadas e nas enchentes mostram a urgência dessa mudança de postura em relação à natureza.

O Fórum das Águas também tem se manifestado sobre a necessidade dos Estados e das empresas atuarem com maior responsabilidade no tocante à preservação da natureza, que tem sido transformada em mercadoria para beneficiar o sistema financeiro e aquecer os mercados. A financeirização de bens essenciais como a água e o saneamento dificulta o acesso das pessoas mais pobres, violando direitos humanos fundamentais. A privatização destes direitos essenciais é algo que não pode ser normalizado, pois grandes contingentes populacionais serão excluídos por não poderem pagar as tarifas exorbitantes cobradas pelas concessionárias e grandes empresários do saneamento.






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