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Comunitários de Bela Vista - Puraquequara denunciam descaso socioambiental

Bela Vista é uma comunidade ribeirinha que faz parte do bairro Puraquequara, que fica há 50 minutos do centro de Manaus. A comunidade, que passa por uma transição do estilo de vida rural para o urbano, está situada às margens do Lago do Aleixo, próximo ao imponente Encontro das Águas do Rio Negro com o Rio Solimões. Possuindo uma população de 3 mil habitantes, a localidade também abriga a Unidade Prisional do Puraquequara, inaugarada no ano 2002. Em uma manhã chuvosa, o Fórum das Águas do Amazonas esteve na comunidade para conhecer melhor os desafios que os moradores enfrentam na área.

A localização desta comunidade permite o encontro com belezas naturais e humanas incomensuráveis. Esta condição também é perpassada por diversas contrações socioambientais. Nos últimos meses, Bela Vista apareceu nos principais noticiários da cidade devido a um perigoso processo de erosão que gerou um barranco de grandes proporções, ameaçando imóveis e colocando em risco parte da população. As notícias destacam o lastimoso quadro vivida pela comunidade que é abandonada pela Prefeitura Municipal e pelo Governo do Estado. Trata-se de uma situação que trás à tona a realidade de várias áreas da capital amazonense. Centenas de famílias vivem literalmente no buraco suportando a omissão dos poderes públicos. 

Na conversa, os moradores não demoram descrever em detalhes os desafios enfrentados pela comunidade: falta de esgotamento sanitário, poluição hídrica, diminuição da pesca, fome, destruição da beleza paisagística, declínio da atividade turística, enfim, a ausência do Estado. A falta de infraestrutura básica é uma característica marcante da localidade. O abandono político é vivido cotidianamente, mas no período eleitoral o bairro recebe incontáveis visitas de candidatos em busca de voto. É nesta época que os moradores se sentem mais indignados, pois são usados por políticos sem ética e desonestos. 

Apesar de tudo isso os moradores procuram se mobilizar em busca de melhores condições de vida. Lideranças jovens como o Matheus Amazonia e o Fernando do Centro Social se unem para tirar o bairro da invisibilidade, tentando fortalecer as redes apoio, denunciando os abusos de poder e levando as demandas dos moradores para os órgãos estatais. 





 

  



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