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Fórum das Águas e Habitat escutam comunidades sobre o saneamento básico

 ESCUTANDO AS COMUNIDADES DE MANAUS

O Fórum das Águas, em parceria com a Habitat para a Humanidade Brasil e movimentos sociais, se reuniu no último dia 10 de novembro para escutar lideranças comunitárias sobre a efetividade dos serviços de abastescimento de água e saneamento básico em Manaus. O evento aconteceu no auditório do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental - SARES, tendo o apoio da Companhia de Jesus - Jesuítas.

Os representantes expuseram as visões, queixas e expectativas de diversas localidades da cidade, incluindo comunidades da periferia e indígenas. O encontro evidenciou a precariedade dos serviços na capital amazonense, especialmente o abastecimendo de água e o esgotamento sanitário, que são geridos pela iniciativa privada desde o ano 2000. Na reunião, predominou um ambiente de indignação contra a concessionária Águas de Manaus e de revolta diante da inoperância dos poderes públicos municipal e estadual.

Os comunitários destacaram situações como a total ausência dos serviços de esgotamento sanitário e a falta de regularidade no abastecimento de água. Muitos bairros e comunidades sofrem sem o fornecimento público de água potável, sendo obrigados a encontrar por suas próprias forças alternativas de abastecimento hídrico. Nos lugares em que a concessionária disponibiliza o serviço, os moradores reclamam das tarifas excessivamente elevadas, que impossibilitam o pagamento e marginalizam ainda mais as familias pobres da cidade.

Essa realidade é preocupante, pois atravessamos um período de forte axpansão das favelas e comunidades vulneráveis habitadas por pessoas de baixo poder aquisitivo. Estudo realizado pelo MapBiomas indica que nos últimos 37 anos, Manaus foi a capital do país que registrou o maior crescimento de áreas ocupadas por favelas, totalizando um território equivalente a cerca de 10 mil campos de futebol. Esse cenário dificulta ainda mais o acesso dos mais pobres à água potável, uma vez que tais áreas residenciais são ignoradas pelo sistema privatizado de água e esgoto da cidade.


 



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