A CARTA COMPROMISSO
Dez dias antes das eleições para o Executivo e Lesgislativo estaduais, o Fórum das Águas promove encontro com políticos de deversos partidos para debater a importância do saneamento básico no estado, visando firmar um compromiso pela universalizalização dos serviços abastecimento de água e esgotamento sanitário no território.
Essa pauta tem ganhado relevância no contexto da privatização desses serviços em Manaus, uma vez que a concessão privada não tem realizado as expectativas da população. Há 22 anos, a iniciativa privada atua nesse setor, mas o abastecimento de água é precário (interrupções constantes, vazamentos, rupturas de adutoras e fornecimento irregular) e muitas partes da cidade não possuem de forma nenhuma o serviço. Quanto ao esgotamento sanitário, a cobertura é irrória, deixando a maior parte da cidade sem o serviço, produzindo doenças e poluindo os igarapés urbanos.
Destacou-se também que a tarifa de água cobrada na cidade é a mais cara da região amazônica e uma das mais elevadas do Brasil. Além disso, a gestão privada não contribui com os processos democráticos na medida em que não permite a participação popular (ou representantes) no planejamento dos serviços, mas prioriza os interesses do empresário e a sua ânsia de lucrar. Constatou-se que as periferias, ocupações e lugares pobres são as áreas mais ignoradas pela concessionária privada, uma vez que essas regiões não produzem o retorno econômico esperado pelo empreendimento.
A Carta Comprimisso assinada pelos candidatos (as) ressalta a necessidade de se protejer a Amazônia e seus povos dos ataques realizados pelos grandes projetos econômicos, que exploram o território e afetam negativamente a qualidade de vida das populações, poluindo as águas, destruindo as florestas e matando a biodiversidade. Esses ataques são personificados nas ações das mineradoras, dos madeireiros, dos garimpeiros ilegais, do agronegócio e das religiões fundamentalistas.
Lutar pelo saneamento e protejer as águas é defender os bens comuns de que tanto precisamos para viver.
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