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Águas de Manaus é processada por cobranças exorbitantes

A NORMATIZAÇÃO DA INJUSTIÇA


A cidade de Manaus possui um dos piores saneamentos do Brasil (Instituto Trata Brasil), oferencendo o serviço de esgotamento sanitário para somente 22% da população (SNIS 2020). É uma prova irrefutável de que a privatização/concessão dos serviços de água e esgoto, firmada no ano 2000, não visa resolver o problema do saneamento na cidade. As empresas que até hoje assumiram a gestão focaram seus interesses na obtenção de lucros, colocando em segundo plano (ou fora dos planos) os interesses da população.

Se por um lado os serviços à população são ruins ou totalmente ausentes, por outro lado, as empresas são bem estratégicas na hora de ampliar os seus rendimentos. Isso é percebido no cálculo da taxa de esgotamento sanitário. A conta é simples: o valor da tarifa de esgoto equivale a 100% do valor cobrado pelo consumo de água. Se a fatura de um morador referente ao consumo de água custa R$ 150,00 reais, ele paga ao final uma tarifa de R$ 300,00 reais pela água e o esgoto. Tal cálculo é resultado de uma política de saneamento autoritária, sem nenhuma justificativa racional, sem transparência social e sem diálogo com a população.

Inúmeras reclamações chegam aos órgãos públicos, mas estes se fazem de surdos. A mais recente reclamação surgiu através de um processo judical impetrado pelo vereador Rodrigo Guedes. O Portal do Holanda frisa que o comunicado foi feito na sala de cinema da Câmara Municipal de Manaus, localizado no bairro Santo Antônio. Trata-se de mais um argumento eloquente para a abertura de uma investigação contra a empresa Águas de Manaus, mas os vereadores optaram por defender a concessionária, impedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), por mais que população a solicite.


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