O surgimento do Fórum das Águas, em março de 2012, é resultado dos apelos das comunidades das periferias manauenses que padeciam e padecem os impactos dos serviços precários realizados por uma concessão privada que visa responder, em primeiro lugar, à ambição pelo lucro. A história desta privatização porta numerosas demonstrações de que o mercado da água não oferece uma solução plausível para a falta de água e dos serviços esgotamento sanitário e contemple a complexidade da cidade de Manaus.
O Fórum das Águas incorpora localmente os valores e apelos dos movimentos globais que lutaram e conseguiram registrar na legislação internacional o ideal de uma humanidade que se organiza para proteger e assegurar o direito à vida. De certo modo, a sociedade é resultado da coalizão das forças que nela residem. Assim, o reconhecimento Internacional do direito humano à água e ao saneamento alimenta a esperança de que a economia pode ser organizada para responder as necessidades da sociedade (humanidade). O contrário não é eticamente sustentável, principalmente quando a economia está atrelada aos interesses de setores sociais elitizados.
É necessário mostrar que a violação do direito á água e ao saneamento não cessará enquanto o Estado não assumir a sua responsabilidade como garantidor do bem comum. Para que isso ocorra é preciso que o poder econômico, que comando o aparato estatal, seja colocado no seu lugar. Os direitos fundamentais, expressão da evolução ética da humanidade, não devem ser ofuscados pelos interesses das grandes empresas e do mercado financeiro. A democracia (e a sociedade) não deve ser refém de uma economia que mata.
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